Quatro temas de trabalho
Coerência
Para um transporte marítimo ecologicamente e socialmente responsável
O transporte marítimo, que desloca 90% das mercadorias transportadas, confronta com dois impasses maiores: o esgotamento e o encarecimento dos recursos petrolíferos e a dimensão das emissões do gás do efeito estufa, e mais outros poluentes que ele gera. Ele constitui também uma das principais zonas de opacidade e do não – direito da economia mundial e da cadeia logística. Como pensar juntos no transporte marítimo de amanha? As companhias inovadoras contribuem para a criação de uma nova filial para o transporte marítimo à vela, nos indicando uma das opções para serem escolhidas. A evolução do transporte marítimo envolve as companhias marítimas, mas também todos os atores do comércio internacional, companhias e consumidores, que devem estar presentes nesse debate da sociedade.
Iemanjá
A água, um direito humano e fator essencial da vida
A água é o meio de vida para a maioria dos seres vivos do nosso planeta. Porém, a situação e a divisão da água são ainda hoje discutidas em diferentes níveis. De um lado, a mudança climática e as poluições dos meios terrestres e marinhos ameaçam muito as funções essências dos Oceanos: recursos naturais, clima, absorção do gás carbônico. Todos eles são responsabilidade da gente. De outro lado, milhões de pessoas na Terra não têm acesso para a água. O momento tem chegado para reconhecer o direito à água como um direito humano essencial. A partir de agora, como pensar na gestão desse bem essencial para a sobrevivência da Humanidade e dos seus indivíduos?
Gaia
O equilíbrio dos seres vivos e do bem-estar humano
Gaia é uma experiência científica muito verificada, segundo a qual todos os seres vivos, a atmosfera e o subsolo encontram-se reunidos dentro de um mesmo sistema vivo. Essa perspectiva nos faz lembrar que o futuro da Humanidade se encontra ligado a aqueles do eco-sistema e do clima. Ao juntarem ainda mais uma vez a atividade humana e o ciclo da vida, adotando uma visão muito mais ampla daquilo que nos faz voltar ricos, individualmente e coletivamente, estamos contribuindo para o equilíbrio planetário.
Transição
ecológica e social numa cultura de responsabilidade humana
A amplidão e o caráter multidimensional das crises que se expressam cada dia mais abertamente (climática, econômica, financeira, social, do meio ambiente), e as iniciativas que aparecem e se desenvolvem dentro desse contexto perturbado, demonstram evidentemente que só uma perspectiva dinâmica, e em longo prazo, é capaz de federar os esforços, indicando as soluções para cada situação. A noção da transição ecológica e social – mutações de nossos relacionamentos econômicos, de nossos modos de vida, de produção e de consumo- parece resumir a dinâmica de esse movimento necessário. Ela sublinha a interconexão das mudanças a serem feitas, a necessidade de aprofundá-la transitoriamente, e a ética da responsabilidade e da solidariedade que têm que dirigir esse movimento. Trata-se simplesmente de inventar as regras de um novo «viver juntos», situando-se dentro de uma apreensão dinâmica, e não estática, da sociedade, da economia e do ser vivo. Como podemos apreender essas noções de transição, de solidariedade, de responsabilidade?