Transição
ecológica e social numa cultura de responsabilidade humana
A amplidão e o caráter multidimensional das crises que se expressam cada dia mais abertamente (climática, econômica, financeira, social, do meio ambiente), e as iniciativas que aparecem e se desenvolvem dentro desse contexto perturbado, demonstram evidentemente que só uma perspectiva dinâmica, e em longo prazo, é capaz de federar os esforços, indicando as soluções para cada situação. A noção da transição ecológica e social – mutações de nossos relacionamentos econômicos, de nossos modos de vida, de produção e de consumo- parece resumir a dinâmica de esse movimento necessário. Ela sublinha a interconexão das mudanças a serem feitas, a necessidade de aprofundá-la transitoriamente, e a ética da responsabilidade e da solidariedade que têm que dirigir esse movimento. Trata-se simplesmente de inventar as regras de um novo «viver juntos», situando-se dentro de uma apreensão dinâmica, e não estática, da sociedade, da economia e do ser vivo. Como podemos apreender essas noções de transição, de solidariedade, de responsabilidade?